FARC: Cartéis Colombianos e Mexicanos - cocaína, ouro e metanfetaminas

(Carlos Albuquerque)
Conforme aumenta a repressão e criam-se barreiras e obstáculos para o tráfico internacional de drogas, as organizações migram seus negócios para outras áreas. No caso da Colômbia, as FARC tem focado na extração ilegal do ouro e de esmeraldas.

Anteriormente, a droga que seguia diretamente aos EUA foi terceirizada aos Cartéis Mexicanos em virtude da repressão aos narco-submarinos dos cartéis no Pacífico. Após o intenso combate do governo mexicano, uma nova rota foi criada, onde foram incluídos grupos criminosos de El Salvador e Guatemala, atuando como "enforcers", forças de segurança que transportam a droga por terra até o México, para o posterior envio ao mercado dos EUA. 

As diversas etapas de mar e terra encarecem o custo logístico e aumentam o risco da operação, não devendo ser esquecida a expansão do tráfico de metanfetaminas, dominado pelo Cartél de Sinaloa, de "El Chapo Gúzman", que importa precursores da Ásia e faz o processamento em laboratórios clandestinos. 

Nesse contexto, cabe destacar a citação de Misha Glenny em seu livro McMáfia-Crime sem Fronteiras (2008), onde cita  as palavras de Sandro Calvani, chefe do escritório antidrogas da ONU em Bogotá, que projeta uma esperança sobre o narcotráfico no país, não pela atuação da ONU, EUA, governo colombiano, ou até mesmo dos grupos criminosos que atua, mas pelas perspectivas de transformação no mundo das drogas com o advento das anfetaminas e drogas sintéticas.

 "A cocaína não tem futuro. Em todos os lugares nos quais as anfetaminas e as drogas sintéticas chegaram ao mercado, casos da China, Sudeste Asiático e México, há sempre uma grande explosão de consumo, e elas substituem tudo: cocaína, heroína, tudo. São pílulas parecidas com aspirinas, muito mais fáceis de usar, agem rapidamente e não envolvem parafernália necessária para injetar ou aspirar, um tipo de droga muito melhor – mais perigosa, mas funciona. Aqui já começou, em Medellin. O futuro, portanto, são as novas drogas. O mercado vai mudar e determinar isso. Eles não precisam dos narcotraficantes. O futuro será totalmente diferente."

La Organización de las Naciones Unidas, ONU, informó que Colombia ha experimentado una fuerte reducción en sus plantaciones de hoja de coca.

La Oficina de la ONU contra la Droga y el Delito (Unodc) dijo que la cantidad de terrenos plantados con arbustos de coca dismimuyó un cuarto entre 2011 y 2012, convirtiéndose en la mayor caída en la última década.

Algunos analistas han dicho que la reducción en la producción de coca sugiere que los grupos ilegales que han financiado sus actividades históricamente del tráfico de drogas, pueden estar migrando hacia el tráfico ilegal de oro y esmeraldas.

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Sin embargo, el jefe de la policía antinarcóticos de ese país indicó que las cifras muestran que los esfuerzos en prevención de cultivo de la planta de coca han dado resultados.