Ao longo dos séculos, o terrorismo apresentou o seguinte
histórico:
Século XVII: Em 1798 o
termo foi utilizado pela primeira vez, no suplemento do Dicionário da Academia
Francesa e fazia referência ao regime de terror em que a França se encontrava
no período de 1793 a 1794.
Século XIX: Entre 1865 e
1905, as balas e bombas dos anarquistas foram responsáveis pela morte de reis,
presidentes, primeiros-ministros, entre outros funcionários governamentais.
Século XX: No século XX,
ocorreram grandes mudanças no uso e prática do terrorismo, que se tornou a
característica de movimentos políticos de todos os tipos, desde a
extrema-direita à esquerda mais radical. Instrumentos precisos, como armas
automáticas e explosivos, sendo detonados a distância por dispositivos
elétricos ou eletrônicos, deram aos terroristas uma nova mobilidade e tornaram
mais letais suas ações.
Organizações como a Baader-Meinhoff (Alemanha), o Exército
Vermelho (Japão), as Brigadas Vermelhas (Itália), a al-Fatah (Oriente Médio), o
Sendero Luminoso (Peru) e a ETA (Espanha) tornaram-se alguns dos mais
conhecidos grupos terroristas da segunda metade do século XX. Sua motivação era
política e sua atuação foi mais intensa a partir da década de 1970. Na década
de 1990, surgiu uma nova modalidade de terrorismo, de impacto ainda maior -- o
terrorismo de massa, com motivação aparentemente religiosa ou política de cunho
fanático.
Apesar dos diversos conceitos apresentados não serem
padronizados universalmente, o terrorismo pode ser relacionado aos seguintes
fatores: território, objetivo e meio utilizado.
De acordo com Woloszyn (2006), a doutrina brasileira segue a
linha da americana, e apresenta a seguinte classificação quanto ao território:
Terrorismo
internacional – Incidentes onde as consequências e ramificações ultrapassam as
fronteiras nacionais. Nesse tipo de terrorismo, as vítimas, os executantes, o local
da ação e os meios utilizados envolvem mais de um país ou nacionalidade. Exemplos:
atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001 (EUA) e atentado aos trens
do metro de Madrid em 2004 (Espanha).
Terrorismo
nacional ou doméstico – Atos praticados por terroristas em seu próprio país e
contra seus próprios compatriotas. Exemplos: Explosão de carros-bombas e
homens-bombas.
Terrorismo
de Estado – Atos de violência praticados com o apoio ou sob o controle de um
estado patrocinador. Exemplos: “Josef Stálin na URSS a partir da revolução de
1917, o Holocauto nazista, a revolução comunista de Mão-Tsé-Tung na China em
1939, o regime de Pol Pot no Camboja, a revolução Cubana de Fidel Castro em
1959”.
Conforme os meios utilizados destacam-se os tipos abaixo:
Ações
terroristas típicas: assassinatos, sequestros, explosões de bombas, matanças
indiscriminadas, raptos, e linchamentos, entre outros.
Ciberterrorismo:
Tem na internet seu instrumento e como objetivos danificar arquivos e programas
de sites estratégicos, adquirir algumas vantagens sobre o sistema de
informações governamentais e institucionais.
Bioterrorismo:
Caracteriza-se pela utilização de armas biológicas, gases infectantes e
paralisantes, transmissão de bactérias ou vírus à agricultura e à pecuária com
objetivos político-econômicos. Como exemplo, pode ser citada a utilização de
ANTRAX.
Em relação aos seus objetivos, Melo Neto (2002) apresenta a
seguinte tipologia: terrorismo de guerra, terrorismo político, terrorismo cultural
e terrorismo religioso conforme o quadro abaixo:
Dentro do cenário de combate ao terrorismo, a nação que estiver
dotada de organismos de inteligência estruturados, com capilaridade nacional e
internacional, estará em melhores condições de enfrentar ameaças assimétricas. (CONTINUA)
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