Autoridades americans culparam a rede militante Haqqani por
coordenar ataques em Kabul. A rede Haqqani cresceu financiada pela CIA durante
a ocupação soviética, que fornecia mísseis Stinger para combater a aviação
soviética. Hoje eles são uma das mais temidas organizações militantes
anti-ocidentais atuante na região. (14 September
2011)
Saiba mais sobre o Haqqani, grupo paquistanês que atormenta
EUA
(extraído
de DefesaNet)
Eles são os Sopranos da Guerra do Afeganistão, uma violenta família criminosa
que construiu um império sobre a prática de sequestro, contrabando e extorsão.
Eles traficaram pedras preciosas, madeira roubada e exigiram dinheiro para a
proteção de empresas responsáveis pela construção de estradas e escolas com
fundos americanos.
Eles
guardam seu território montanhoso plantando bombas terrestres e atacando
remotas bases militares dos EUA. E eles são acusados por autoridades americanas
de serem "armas de aluguel": uma força usada pelo serviço de
inteligência paquistanês para realizar ataques em Cabul e em todo o país.
Hoje, a
inteligência e oficiais militares americanos consideram o clã criminoso
conhecido como a rede Haqqani - liderado por um militante chamado Jalaluddin
Haqqani, que se aliou ao longo dos anos com a Agência Central de Inteligência,
o Serviço de Espionagem da Arábia Saudita e Osama bin Laden – como o grupo
insurgente mais perigoso do Afeganistão.
"O
clã Haqqani sempre foi de senhores da guerra dessa parte do país", disse
Sageman, o ex-agente da CIA. "Ele sempre será."
Milícia e
Estado paralelo
Com uma
combinação de armas e força, o grupo Haqqani construiu uma empresa em expansão
em ambos os lados de uma fronteira que mal existe.
O Haqqani
é composto por membros afegãos da tribo Zadran, mas é na cidade de Miram Shah
em áreas tribais do Paquistão que eles criaram um Estado paralelo, com os
tribunais, repartições fiscais e escolas radicais "madrassa" que
provocam um fornecimento contínuo de combatentes. Eles secretamente comandam uma
rede de empresas de fachada em todo o Paquistão e vendem carros e imóveis, além
de terem ligação com pelo menos duas fábricas que extraem o nitrato de amônio
usado na fabricação de bombas usadas nas estradas do Afeganistão.
Nos
últimos cinco anos, com relativamente poucas tropas americanas operando no
leste do Afeganistão, o Haqqani tem cobrado pela proteção de empresas de
construção – o que significa que os contribuintes americanos estão ajudando a
financiar a rede inimiga.
Maulavi
Sardar Zadran, um ex-comandante Haqqani, chama essa extorsão de "a mais
importante fonte de renda do Haqqani", e lembra que um projeto de estrada
que liga Khost a Gardez no sudeste do Afeganistão raramente foi atacado por
forças insurgentes, porque o comandante Haqqani era seu protetor.
Outros
projetos rodoviários na região tem estado sob constante ataque. De acordo com
um relatório oficial escrito por Jeffrey A. Dressler do Instituto para o Estudo
da Guerra, militantes Haqqani "repetidamente atacam projetos de construção
de estradas que, caso concluídos, dariam maior liberdade de movimento para as
forças afegãs e da coalizão".
Mas o
grupo não é apenas uma máfia que busca enriquecer com esquemas de extorsão. É
uma organizada milícia usando ataques terroristas a hotéis, embaixadas e outros
alvos para avançar sua agenda e se tornar uma importante peça política em um
acordo futuro. E, às vezes, defender a agenda de seus patronos do serviço de
espionagem do Paquistão, o ISI.
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