Quatro radicais islâmicos britânicos admitiram nesta quarta-feira um plano para fazer um atentado contra a Bolsa de Londres, em uma audiência realizada em um tribunal da capital britânica.
Os quatro islamitas faziam parte de um grupo de nove homens acusados em dezembro de 2010 de planejar atentados a bomba inspirados nos da rede Al Qaeda contra vários alvos, incluindo a sede do London Stock Exchange.
Mohammed Chowdhury, de 21 anos, Shah Rahman, de 28, e os irmãos Gurukanth Desai, de 30, e Abdul Miah, de 25, confessaram terem planejado colocar um explosivo de fabricação caseira nos banheiros do edifício.
Os outros cinco, também de nacionalidade britânica, admitiram participar de reuniões ou ter objetos que fazem apologia ao terrorismo. O grupo foi descoberto antes que marcassem a data dos supostos atentados.
ATAQUES
O grupo não era membro da Al Qaeda, mas foi inspirado na rede terrorista e, em particular, no clérigo Anwar al Awlaki, líder do braço da organização no Iêmen, que foi morto no ano passado em um ataque americano.
Segundo a acusação, os suspeitos pretendiam enviar pacotes-bomba a vários alvos antes do Natal de 2010 e discutiram também a possibilidade de um atentado ao "estilo Mumbai", onde, em 2008, um comando de 10 homens armados deixou 166 mortos em ações coordenadas em vários pontos da cidade.
A polícia encontrou na casa de um dos detidos uma lista de possíveis alvos, na qual figuravam o prefeito Boris Johnson, dois rabinos, a embaixada dos Estados Unidos e a Bolsa. A Justiça deverá emitir a sentença contra os nove suspeitos a partir de segunda-feira.
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