A operação conduzida no dia 29 de Fevereiro por autoridades da Europa e América do Sul resultou na prisão de 25 hackers acusados de trabalhar com o coletivo Anonymous.
Ao contrário do que circula nos jornais, a captura não foi o resultado de um majestoso trabalho da inteligência policial, e sim, de informantes dentro da comunidade hacker.
“Diferente do que eles querem que você acredite, esta onda de detenções não foi o fruto da tecnologia e inteligência por trás da Interpol. Eles foram feitos usando técnicas muito mais deploráveis, como o uso de espiões e informantes dentro do coletivo “, diz Anonymous.
Além do ataque ao site da Interpol, os hacktivistas parecem estar conduzindo sua própria investigação a fim de descobrir como a polícia conseguiu romper o véu do anonimato.
Em um comunicado no site espanhol do Anonymous, o grupo disse que as prisões foram o resultado do “descuido” das partes envolvidas. Aparentemente, membros revelaram “dados pessoais para espiões e pessoas que não eram membros” da organização.
De acordo com os relatórios da INTERPOL, a operação denominada “Operation Unmask” foi lançada em resposta aos ciberataques coordenados por Anonymous contra sites governamentais.
Um total de 25 prisões foram feitas na Argentina, Chile, Colômbia e Espanha. De acordo com a nota publicada pelo Anonymous Iberoamerica, os hackers conhecidos como Pacotron, Thunder e Troy foram presos na Espanha.
Pacotron, Thunder e Troy.
Os hackers Thunder e Pacotron, acusados de administrar e gerir infraestrutura tecnológica para a versão Espanhola do grupo Anonymous foram presos esta semana pela polícia da cidade de Málaga. E Troy, o suposto autor dos ataques e vazamentos que levaram aos atos reivindicatórios do grupo Anonymous na Espanha, foi preso em Madrid.
Dentre os detidos na operação realizada em Madrid, encontra-se um jovem de 16 anos de idade acusado de ser um dos membros do grupo SECTOR404, que está relacionado com um dos autores dos ataques ao governo Espanhol. Os ataques conduzidos pelo grupo consistiam na publicação de dados pessoais de membros da Polícia Nacional, do Primeiro-Ministro, do Grupo de Operações Especiais, e da líder do partido politico UPD, Rosa Díez.
“Esta operação mostra que o crime no mundo virtual tem consequências reais para os envolvidos, e que a Internet não pode ser vista como um porto seguro para as atividades criminais (…)”, anunciou o diretor executivo da Interpol, Bernd Rossbach, em um comunicado divulgado pela organização policial.
A comunidade por trás do grupo Anonymous é uma organização fragmentada, sem uma estrutura perceptível ou filiação. Os hackers associados costumam agir de forma independente, o número de membros e seus paradeiros permanecem desconhecidos.
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