Tal Afar é uma
zona-quente e continua a ser um reduto da Al-Qaeda. Um duplo atentado
demonstrou a face difusa do terrorismo no Iraque, claramente sem vítimas determinadas, visando implantar o terror e a sensação de insegurnaça. O alvo dessa vez foi um
mercado, em uma região frequentada por civis pobres, em um local onde não havia
polícia ou tropas militares. Após a primeira explosão de um carro-bomba,
enquanto populares se amontoaram para prestar socorro, um suicida detonou um
cinturão de explosivos fazendo suas vítimas.
BAGDÁ - O Estado de S.Paulo
Um atentado deixou ao menos 14 mortos e 23 feridos em Tal Afar, uma cidade de maioria xiita a 420 quilômetros de Bagdá. A localidade era um dos focos da insurgência contra a ocupação americana no Iraque (2003-2011). Após a retirada das tropas dos EUA, em dezembro, a violência sectária voltou a crescer no país.
Um carro-bomba explodiu em frente a um restaurante no centro da cidade. Instantes depois, um suicida se explodiu perto dos cidadãos que se reuniram para ver os destroços do veículo.
Autoridades locais atribuíram o ataque à filial da Al-Qaeda no Iraque, mas nenhum grupo assumiu a autoria do atentado. Tal Afar abriga árabes sunitas, turcomenos xiitas e curdos.
"As explosões de hoje (ontem nos lembram do passado de violência e sectarismo. Tal Afar ainda é uma área ameaçada pela Al-Qaeda e insurgentes a caminho da Síria", disse o prefeito da cidade, Abdul Abbas al-Obedi. "Esse ataque covarde tinha como alvo apenas civis. Não havia policiais no restaurante."
Ainda ontem, em um outro atentado com carro-bomba, em Bagdá, 4 pessoas morreram e 14 ficaram feridas. As vítimas eram moradoras de uma área sunita da capital. No dia 23, um atentado deixou 60 mortos no país, desestabilizado desde a cisão entre o premiê xiita, Nuri al-Maliki, e o vice-presidente sunita, Tariq al-Hashemi. / REUTERS
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