Foto: PARWIZ/REUTERSProtestos ocorreram no mesmo local onde ocorreu o massacre
13 de Março de 2012 às 11:18
Agência Brasil - Militantes disparam hoje (13) contra a delegação do governo do Afeganistão no mesmo local onde houve o massacre de 16 civis, incluindo crianças, por um militar norte-americano, há dois dias. Pelo menos um soldado foi morto e a delegação – que é formada também por dois irmãos do presidente afegão, Hamid Karzai – saiu às pressas do distrito de Panjwai, na região de Kandahar.
Pela manhã, na cidade de Jalalabad, uma das mais importantes do Afeganistão, manifestantes protestaram contra a presença norte-americana no país. Os manifestantes pediram que o militar acusado de provocar o massacre seja julgado publicamente no país. O secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse o militar pode ser condenado à morte, se for considerado culpado.
O protesto e o ataque à delegação são apenas uma das reações geradas pelo massacre. Durante o protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “morte à América, morte a Obama”, e pediram o julgamento público no Afeganistão para o militar norte-americano.
O ataque anteontem (11) em Kandahar fez com que o presidente norte-americano, Barack Obama, pedisse desculpas públicas pelo episódio. O massacre ocorreu duas semanas depois de serem localizados exemplares do Alcorão – livro sagrados dos muçulmanos – queimados na base militar norte-americana de Bagram.
A identidade do militar norte-americano está sendo mantida sob sigilo. Há informações de que se trata de um sargento, casado e que tem filhos. Para líderes tribais de Kandahar, o massacre dos 16 civis foi motivado por vingança.
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