Teerã, 10 abr (EFE).- Os serviços secretos iranianos detiveram todos os membros de uma suposta "rede terrorista" que na opinião deles é vinculada a Israel, afirmou nesta terça-feira o Ministério de Inteligência da República Islâmica do Irã, publicou a agência oficial "Irna".
Não há informações, no entanto, sobre o número de detidos e nem para onde foram levados "os integrantes de uma das grandes redes terroristas e de sabotagem do regime sionista (Israel), entre os quais estão os membros de algumas de suas células mais protegidas. Todos foram identificados e detidos no Irã".
Na operação, os supostos partícipes da rede foram detidos antes de executarem as "operações terroristas que planejavam fazer no país".
Conforme o Ministério de Inteligência da República Islâmica do Irã, os detidos dispunham de "grande quantidade de bombas prontas para serem ativadas, metralhadoras, pistolas, munição, silenciadores, equipamentos militares e de comunicação e outros materiais", todos localizados e apreendidos.
Após as detenções, os responsáveis de Inteligência iranianas garantiram que "descobriram a sede regional dos espiões sionistas em um dos países da região e identificaram os indivíduos ativos no local".
"Por razões de segurança e para limitar a possibilidade de outras operações por parte do regime sionista, agora não revelaremos o número de detidos nem quais eram seus objetivos, assim como algumas outras questões descobertas, como onde fica a sede regional identificada", revela a informação da "Irna".
Além disso, não detalha quem são os "aliados do regime sionista nas ações violentas e criminosas", em referência aos supostos colaboradores do país vizinho do Irã onde afirma que têm sua sede regional.
O Irã acusou em diversas ocasiões a espionagem israelense (Mossad), além da CIA (agência de inteligência americana) e os serviços secretos britânicos (MI6), de cometer assassinatos e realizar ações terroristas no Irã.
No último ano, o Irã repetiu que o Mossad estava ampliando sua presença nos países vizinhos para executar ações terroristas e de sabotagem contra o regime da República Islâmica, especialmente contra seu programa nuclear.
Em 12 de fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores iraniano convocou o embaixador do Azerbaijão em Teerã e reivindicou que seu país detivesse supostas operações contra o Irã em seu território de redes de espionagem do Mossad e acusou Baku de dar facilidades a terroristas envolvidos no assassinato de cientistas iranianos.
Em 24 de fevereiro, o Irã manifestou seu protesto diante do Conselho de Segurança da ONU pelas supostas ações hostis de Israel contra a República Islâmica em carta na qual acusava de realizar "operações secretas, guerra cibernética, guerra psicológica e assassinatos de cientistas nucleares".
A carta foi divulgada um dia depois do Conselho de Segurança da ONU condenar por unanimidade, a pedido de Israel, os ataques contra membros de embaixadas israelenses em diferentes pontos do mundo, dos quais o Governo israelense culpava o Irã e o grupo fundamentalista xiita libanês Hisbolá. EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário