Mohamed Abdi Hassan, considerado o chefe número um da pirataria
na Somália, foi detido este fim-de-semana no aeroporto de Bruxelas, de acordo
com o diário De Standaard, e levado para Bruges, onde se encontra
detido à espera de julgamento.
Também conhecido como “Boca
Grande” – Afweynei,
em somali –, Hassan é suspeito do sequestro do navio belga Pompei, em 2009, e foi descrito pelas
Nações Unidas “como um dos líderes mais notórios e influentes” da pirataria no
Corno de África.
Os investigadores belgas
envolvidos na operação de detenção fizeram passar-se por uma equipa de produção
alegadamente interessada em fazer um documentário inspirado na vida de Abdi
Hassan, explicou ontem o procurador federal Johan Delmulle. O contacto foi
feito através de Mohamed M. A., também conhecido por “Tiiceey”, um antigo
governador da província somali de Himan e Heeb. “Depois de pacientemente terem
começado uma relação de confiança com Tiiceey, e através dele com Afweynei, o que levou vários
meses, ambos estavam preparados para participar neste projecto [do filme]”,
explicou Delmulle, citado pela Reuters.

Em 2009, o navio
belga Pompei,
com dez tripulantes a bordo, esteve cativo durante 70 dias. A Abdi Hassan são
também atribuídos os assaltos ao Faina,
um navio de transporte militar ucraniano, libertado ao fim de 134 dias, e aoSirius Stari, um petroleiro
saudita, ambos em 2008. Os dois assaltos terão rendido ao grupo de piratas
vários milhões de dólares.

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