Paris (França) - A defesa do terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", pediu nesta terça-feira a anulação de sua segunda condenação à prisão perpétua pois durante o processo um dos juízes roubou um pêndulo do século XIX do Palácio da Justiça.
A imprensa revelou em dezembro passado que o magistrado, de 63 anos, furtou o pêndulo do escritório do presidente do Palácio da Justiça durante o processo contra "Carlos", acusado de cometer quatro atentados que deixaram vítimas fatais na França em 1982 e 1983.
O funcionário encarregado de regular o relógio denunciou o crime e foi aberta uma investigação sobre o fato. As câmaras de segurança do recinto mostraram que o juiz foi o autor do roubo. Segundo a advogada e esposa de "Carlos", Isabelle Coutant Peyre, tal comportamento é "incompatível com o direito de julgar alguém", indicou em carta dirigida ao presidente do Tribunal de Apelação.
A advogada se queixou porque os envolvidos não foram informados do fato e tomaram conhecimento do furto pela imprensa. Isabelle disse que o veredito do tribunal está manchado por um vício congênito e pediu a anulação da sentença.
A defesa de "Carlos, o Chacal", já tinha anunciado, após conhecer o veredito do dia 15 de dezembro, que iria recorrer por considerar a decisão arbitrária e os juízes poucos independentes.
As informações são da EFE.
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