O homem acusado de planejar os ataques de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, compareceu neste sábado diante de um tribunal militar no campo de prisioneiros da Baía de Guantánamo, em Cuba.
Seu advogado de defesa alegou que o acusado não iria se pronunciar, já que estava preocupado com a imparcialidade do processo.
Quando Sheikh Mohammed e os outros quatro suspeitos de envolvimento nos ataques se recusaram a colocar os fones de ouvido para escutar as acusações contra eles, em árabe, o juiz suspendeu a sessão até que um intérprete fosse levado ao local para traduzir o que estava sendo dito para todos os presentes no tribunal.
Os cinco acusados serão indiciados pelo assassinato de 2.976 pessoas nos ataques com aviões sequestrados em Nova York, Washington e Shanksville, na Pensilvânia.
Eles também enfrentarão acusações que incluem terrorismo, sequestro e conspiração e podem receber a pena de morte, se condenados.
Esta é a segunda tentativa de julgar Khalid Sheikh Mohammed. A primeira foi suspensa quando o presidente Barack Obama foi eleito.
Obama queria substituir os tribunais militares de Guantánamo por cortes civis, mas foi vencido pela oposição no Congresso.
Novas regras impedem o uso de provas obtidas através de tortura, como a técnica conhecida como "waterboarding", que quase afoga o interrogado e era amplamente utilizada pela CIA, o serviço secreto americano.
Ainda assim, advogados de defesa alegam que os tribunais militares não têm legitimidade, devido à restrição de acesso a seus clientes.
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