Os
atentados na Argentina de 1992 e 1994 teriam sido planejados na região da
tríplice fronteira (PY, BR e AR). A Argentina teria sido escolhida não por
estar menos preparada que o Brasil, mas sim por registrar a maior população
judaica na América do Sul.
No
Brasil a principal porta de entrada foi Santos (SP) pelas características do
transporte na época. São Paulo hoje deve ter mais de 60 mil judeus, perdendo em
número somente para Buenos Aires. Temos que estar preparados.
24/05/2012
às 3:29Por Eugenio Goussinsky, no Estadão:
O governo israelense, com base em informações sigilosas, alertou o Consulado-Geral de Israel em São Paulo para a possibilidade de um atentado do grupo extremista libanês Hezbollah na capital paulista. A representação diplomática entrou em estado de alerta.
A informação foi dada ao Estado pelo cônsul israelense, Ilan Sztulman, que confirmou ter recebido instruções de seu governo para reforçar a segurança nos arredores do consulado e nas instituições judaicas paulistas. Ele mesmo declarou ter alterado a rotina e cancelado compromissos por motivos de segurança. “Estamos temerosos e com cautela. Tomamos medidas de precaução extrema no trabalho do consulado e de entidades da comunidade judaica”, disse ontem o diplomata, que está no cargo desde 2010.
Sztulman afirmou que o governo brasileiro já foi informado sobre a possibilidade de um ataque terrorista e reforçou a segurança nas fronteiras, nos portos e nos aeroportos.
“Temos indícios de que o Hezbollah pretende retomar ataques na América Latina. O Brasil é um dos países que correm risco. Quando me dão o alerta, não dizem o que é exatamente. As fontes de informação são sigilosas. Recebi informações sobre um risco maior, com um pedido de providências para aumentar a segurança.”
O andar ocupado pelo consulado, em um edifício na zona sul paulistana, está sob intensa vigilância. Para entrar no local, blindado por uma porta de vidro na entrada principal, é necessário passar por detalhada revista, que inclui a utilização de detector de metais em cada objeto pessoal - incluindo agasalhos, cinto e canetas. Não é permitido o ingresso com mochilas ou sacolas, nem mesmo na sala de segurança. Aparelhos eletrônicos ficam retidos e só podem ser retirados no momento da saída.
Na semana passada, o jornal italiano Corriere della Sera destacou que fontes de alto escalão do governo israelense confirmaram a chegada de membros do Hezbollah, com apoio do Irã, à América do Sul. Segundo a reportagem, a Bolívia e a Colômbia seriam outros possíveis alvos.
Para reafirmar seu temor, Sztulman lembrou os atentados nos anos 90 lançados contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos, e a entidade judaica Amia, que matou 85 pessoas. Israel e EUA atribuem as ações ao Hezbollah e afirmam que o grupo recebeu apoio financeiro do Irã, que nega as acusações.
Apesar das suspeitas do Ministério Público argentino, as investigações não foram concluídas. “Antes dos atentados também era difícil acreditar que o Irã realizaria um ataque em um país soberano”, afirmou o cônsul.
(…)
(…)
Nenhum comentário:
Postar um comentário