Segundo investigações, bomba retirada de teatro teria capacidade de matar pessoas
O juiz federal argentino Norberto Oyarbide afirmou que as consequências de um atentado provocado pela bomba encontrada em um teatro portenho durante a tarde desta terça-feira (22/05), seriam similares às registradas na maior tragédia do futebol argentino, em 1968, quando 71 torcedores do River Plate morreram enquanto tentavam sair do estádio.
“Por sorte de Deus, as conseqüências não se concretizaram”, afirmou o magistrado, em coletiva, sobre a desativação de um aparato explosivo no teatro Gran Rex, localizado na avenida Corrientes, a cem metros do Obelisco. O dispositivo foi encontrado no segundo andar do edifício, onde o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) participaria de um coquetel, na companhia de “personalidades internacionais muito importantes”.
Sem precisar nomes além da referência ao ex-presidente colombiano, Oyarbide, juiz designado para investigar o caso, classificou a ocorrência como “muito grave” e afirmou que a Justiça argentina já solicitou à Embaixada da Colômbia no país a lista de convidados para o evento. Segundo ele, a explosão estava programada para as 16h30 desta quarta-feira (22/05) e poderia provocar o rompimento de vidros e o corte de luz.
“O aparelho era simples, mas suficiente para causar a morte de pessoas que estivessem próximas a ele”, garantiu o juiz, concluindo que o atentado frustrado tinha intenção “não só de atingir figuras pontuais”, mas de gerar uma repercussão internacional negativa à Argentina.
Porta 12
“Isso poderia se transformar na nova ‘Porta 12’ do estádio do River”, disse Oyarbide. O juiz fez referência à maior tragédia da história do futebol argentino, ocorrida há 44 anos, quando 71 torcedores morreram pisoteados, esmagados ou asfixiados, enquanto uma multidão tentava sair do estádio Monumental de Núñez, após uma disputa do River Plate contra o Boca Juniors. Oyarbide temia que ocorresse um novo pisoteamento.
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